Nossa compreensão
atual de genética humana deve muito ao trabalho do monge austríaco Gregor
Mendel que, em 1865, apresentou os resultados de seus experimentos de
cruzamentos com ervilhas no jardim à Natural History Society de Brünn na
Bohemia, hoje Brno na Republica Tcheca. Logo depois as observações de Mendel foram
publicadas por esta associação na Transactions of the Society, onde
permaneceram ignoradas até 1900, por volta de 16 anos após sua morte.
Em 1900 os fundamentos de Mendel estavam
aguardando serem redescobertos, os cromossomos mal eram visíveis, e a ciência da
genética molecular não existia.
Em 2006, os
cromossomos podiam ser analisados com alto nível de sofisticação, e a sequencia
do genoma humano inteiro tinha sido publicada. Perto de 11.000 genes humanos
com sequencias conhecidas são listados, e quase 6.000 doenças genéticas ou fenótipos
foram descritos, dos quais a base da genética molecular é conhecida em algumas
2.200.
Com o desabrochar da revolução cientifica nos
séculos XVIII e XIX renasceu o interesse pela hereditariedade tanto pelos cientistas
quanto pelos médicos, dentre os quais se destacam dois nomes.
- Pierre de
Maupertuis, um naturalista francês, estudou características hereditárias, tais
como dedos extras (polidactilia) e a falta de pigmentação (albinismo), e
mostrou com os estudos de heredograma que estas duas condições eram herdadas de
modos diferentes.
- Joseph Adams, um
médico inglês, também reconheceu que existiam mecanismos diferentes de herança.
Hoje, muitos outros
geneticistas estudam diversas anomalias hereditárias, no intuito de desvendar
seus mistérios e procurar uma forma de evita-las.
Texto adaptado do livro Genética Médica – Emery, editora
ELSEVIER
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